terça-feira, 24 de julho de 2007

PALM VENDE FATIA DA EMPRESA E INDICA EX-APPLE COMO PRESIDENTE

A fabricante de aparelhos eletrônicos Palm informou, nesta segunda-feira, que vai vender uma fatia de 25 por cento para a empresa de private equity Elevation Partners, por 325 milhões de dólares. O acordo coloca um ex-executivo da Apple como presidente da companhia.
As ações da Palm subiam 1,40 por cento, por volta das 16h, puxadas pelo ânimo dos investidores que esperam que a injeção de dinheiro e a indicação para a presidência de Jon Rubinstein, ex-vice-presidente e diretor-gerente da unidade de iPods da Apple, revitalizem a marca da Palm e talvez desenvolvam uma relação com a Apple.
"O papel (de Rubinstein) será o de fortalecer e ajustar a sintonia fina de nossa produção", afirmou o diretor-executivo da Palm, Ed Colligan, em uma teleconferência. "Isso é para podermos colocar um time que nos possibilite obter a posição de liderança."
O acordo foi anunciado enquanto a Palm, que criou em 1996 o assistente digital pessoal (PDA, na sigla em inglês), tenta reaver o status de fabricante top de aparelhos em meio à dura competição com concorrentes muito maiores no setor de telefonia, como Motorola e Nokia .
O anúncio foi feito uma semana após a apresentação do novo computador portátil da Palm, o Foleo, que recebeu avaliações mornas.
A Palm tem sido vista há bastante tempo como um alvo de aquisição, graças à marca bem conhecida, o sistema de operações e o seu relacionamento com as empresas de telefonia celular.
A Palm distribuiu cerca de 2,3 milhões de unidades do popular telefone Treo no último ano fiscal, mas as vendas foram menores do que as obtidas por Nokia, Motorola, Samsung e Sony Ericsson .
A Elevation afirmou que esse é o seu maior investimento já realizado. Um dos fundadores da empresa, Roger McNamee, disse que a companhia não pretende comprar uma parcela maior da Palm.
As firmas de private equity costumam comprar o controle de companhias para reestruturá-las e vendê-las em seguida. O acordo da Palm é mais um exemplo de compra de uma fatia minoritária pela Elevation, como fez com cerca de 200 milhões de dólares da revista Forbes. As firmas de private equity normalmente mantêm os investimentos por entre três e cinco anos.